Uma visão contemporânea das relações na dança a dois.
Sheila Santos (*)
A cada novo passo na evolução dos gêneros de danças de salão, ouvimos um discurso frequente entre os profissionais e praticantes: a dança mais desejada por todos é aquela em que, durante o improviso das movimentações, um verdadeiro diálogo dançante acontece entre condutor e conduzido. Duas pessoas unem seus corpos e energias para, em conjunto com a música, trocar informações, sensações, ideias e sentimentos.
Mas será que na prática isso realmente acontece? Esta conversa, tão citada em discursos de professores e dançarinos, estaria sendo na realidade, um diálogo ou um monólogo?
Se voltarmos um pouco na história, talvez consigamos alcançar primeiro o entendimento de que nem sempre a dança a dois foi dançada de improviso; também nem sempre foram homem e mulher a formar os pares durante sua prática.
Logo no seu nascimento, a dança era praticada em pares coreografados que, com pouco contato físico, executavam passos marcados e aprendidos nas festas e mais tarde em aulas de etiqueta. A relação entre homens e mulheres era de muito respeito, elegância e distância, pois somente mãos, muitas vezes cobertas por luvas ou lenços, era a forma de contato entre os pares. Nessa época, mulheres só poderiam dançar e participar dos bailes acompanhadas de suas famílias ou esposos.
Mas se até o momento todos os passos eram marcados e executados em grupo, como se daria a relação entre o casal, que passaria a depender apenas um do outro para dançar?
Talvez o início de uma comunicação organizada entre o par se fez necessário, durante o improviso dos passos, para que pudessem se entender. Pensando que o homem, nesta época, ainda era o provedor de todas as necessidades da família, o maior detentor do conhecimento e a mulher, completamente submissa em todas as esferas da sociedade, talvez fosse natural que ele assumisse também na dança este papel de condutor das ideias.
Há também quem acredite que, como os passos se tornaram improvisados e criativos nesse momento, os mais habilidosos passaram a servir de referência aos menos habilidosos. Para que esta forma de transmissão de conhecimento acontecesse, alguém deveria ficar responsável por aprender, ensinar seu parceiro e promover a execução da figura. E, nesse caso, também, podemos pensar que o cavalheiro tenha saído à frente, assumindo este papel. Independente da versão, é fato que a partir desse momento, nascem os termos condução e resposta, o principal fundamento da nossa técnica.
Porém, se buscarmos em suas histórias, alguns gêneros como o Tango tiveram momentos em que homens praticavam e tomavam aulas de dança formando pares com outro homem.
No Samba, da mesma forma, o período não permitia que “mulheres de bem” frequentassem aulas de dança. Sendo assim, nas aulas, homens treinavam com homens. Mais tarde, passaram a treinar também com mulheres, com a prática do “madamismo”: prostitutas ou moças que não eram da alta sociedade recebiam valores em dinheiro para treinar com os homens suas movimentações de dança. As moças de elite e respeito não podiam frequentar aulas, a não ser que fossem particulares.
Então, o conhecimento de novos movimentos era estudado e transmitido por homens, praticado entre eles mesmos ou com mulheres em prostíbulos. As mulheres só tinham o direito de acompanhá-los em festas da sociedade, onde durante a dança seriam conduzidas para executar os passos então já determinados pelos homens.
Assim, se institui a ideia de condução e reposta, com o cavalheiro no papel de condutor, decidindo os caminhos, figuras, tempo e direções. E a dama, apenas tinha a tarefa de acompanhar, seguir as indicações do cavalheiro e, no máximo, deixar a dança bem acabada e graciosa.
Mas, aos poucos, na sociedade em geral e na dança em particular, as mulheres foram ocupando espaços antes só permitidos aos homens. As conquistas no mercado de trabalho, acesso ao conhecimento, independência financeira, métodos contraceptivos levaram a mulher a assumir o papel de liderança em vários âmbitos de sua vida. Na dança, além dos salões, passaram a frequentar as aulas e mais tarde, tornaram-se professoras e donas de escolas.
Mas será que a relação homem-mulher nas danças de salão mudou?
Ainda hoje, ao falarmos de condução e resposta, usamos termos e formatos de relação que herdamos das primeiras formas de danças a dois:
Como dama e professora, sou diariamente colocada frente a frente com estas questões. Com base no contexto histórico das relações homem-mulher e também a partir das experiências vividas em anos de estudo das diversas técnicas das danças de salão, minhas reflexões têm sido constantes no que diz respeito ao futuro destas relações. E tornaram-se objeto de estudo para aulas e trabalhos.
Buscando a identidade da dama do salão
Minha experiência com as danças de salão começou durante a faculdade de dança, de maneira informal. Junto a um grupo de amigos que praticavam vários tipos de danças a dois, eu passei a frequentar bailes que tocavam os diversos ritmos e “me deixava levar”, sem conhecimento algum da técnica.
Anos depois, fui contratada como professora de ballet em uma escola especializada em danças de salão e então comecei a aprender e estudar este estilo. Mas a necessidade repentina de mais uma professora de dança de salão no quadro da escola, me fez de repente estar em sala de aula.
Mesmo estudando a técnica, entender e aceitar que outra pessoa iria escolher e planejar meu movimento não foi uma tarefa muito fácil. Foi um longo caminho até permitir e entregar minhas possibilidades corporais para que a ideia de outra pessoa se realizasse, pois tinha sempre a impressão de que minhas intenções, vontades e sensações eram constantemente tolhidas.
Neste processo, passei a dar aulas com um grande e experiente cavalheiro. Além de atender às movimentações solicitadas por ele, o que já era bem difícil, deveria ser uma dama charmosa e fazer enfeites durante o tempo em que realizava os passos. Minha saída foi buscar referências para os tais enfeites de braços que me eram pedidos. Porém, infelizmente, para estar prontamente à disposição do cavalheiro, a maioria das damas não usava tantos enfeites. Então, o caminho foi juntar algumas informações recebidas em aulas e uni-las à experiência corporal que eu trazia de outras técnicas.
Por um tempo, acreditei que essa era a saída para minhas inquietudes: podia finalmente me expressar, nem que fosse só com parte do meu corpo, realizando aquilo que eu realmente tinha vontade.
Durante este processo, comecei uma nova e importante parceria de dança. Este parceiro sempre se mostrou um cavalheiro criativo e atento às movimentações da dama. Dessa forma, passou instintivamente a gerar mais espaço para que eu pudesse finalizar um passo e aproveitar melhor determinada parte da música. Entre uma movimentação e outra, gerava um “silêncio” na condução que retornava assim que eu comunicasse a finalização da minha ideia. Esta forma de nos relacionar foi ampliando as possibilidades para a utilização de diferentes partes do meu corpo e, assim, passei a expressar o que sentia e ouvia de forma mais criativa.
Mas, isso ainda não era o bastante. Em vários momentos, principalmente quando estava com muito contato com o cavalheiro ou durante determinada movimentação, eu sentia uma vontade incontrolável de dizer ao cavalheiro:“calma! Espere só mais um pouquinho que vou terminar ou prolongar este movimento e então você pode continuar!”.Ou então: “tive uma ideia, posso voltar girando ou em outra posição em relação a você depois deste movimento!”.
A partir da intimidade que fomos criando com o tempo de parceria e também contando com a habilidade de conduzir, que desenvolvi na formação como professora, comecei a pedir corporalmente mais espaço ao meu cavalheiro. Ele, muito atento ao que eu vinha fazendo, começou a entender e reaproveitar as posições geradas por mim.
Os movimentos com meu parceiro foram se transformando em um diálogo dançante, onde eu podia me expressar, além de sentir. Nossa dança tornou-se mais completa e também mais sensitiva. Menos organizada a partir dos passos e mais estimulada pelo que estávamos sentindo da música, do corpo do outro, do próprio corpo.
Durante este processo, não tínhamos muita clareza de que, a relação que, para nós era tão habitual, para outras pessoas gerava desafios e questionamentos. E foi a partir dos questionamentos, vindos de colegas de profissão e alunos, que sentimos a necessidade de entender melhor cada etapa do que estávamos experimentando.
Para explicar a eles o que já vinha fazendo com meu parceiro, tive que organizar esta idéia de forma mais clara e didática e surgiram então, e por enquanto, os quatro estágios de relação com o par.
Estágios de relacionamento nas danças a dois
A partir de uma organização didática, a ideia é propor em aulas o desenvolvimento de uma relação mais aberta e criativa nas danças a dois. Dividindo a comunicação durante a dança em quatro estágios de relacionamento, podemos identificar quais habilidades devemos desenvolver ao longo do aprendizado da dança para que, mais tarde, cavalheiro e dama possam se expressar igualmente ao dançar.
Estágio 1
Cavalheiro: Conduz todas as movimentações para a dama, escolhendo direções, tempo de execução, formas de contato, entre outros.
Dama: Executa o que o cavalheiro sugerir, sem enfeitar ou alterar qualquer informação recebida.
Esta é a forma mais tradicional de relação e preservada até hoje no ensino das danças a dois. Condutores são estimulados a serem rápidos na tomada de decisão e a transmitir, de forma clara e organizada, esta informação para seu par. Quem está no papel de conduzido, por sua vez, deve estar atento às informações que vai receber, com o corpo preparado para executá-las de forma precisa e fiel, sem antecipar-se ao movimento e nem alterar caminhos ou formas a partir de suas próprias vontades.
Para este tipo de relação, os dois devem ter corpos ativos, equilibrados e prontos para executar a figura proposta.
Cavalheiros que tem uma maior percepção do caminho percorrido pelo corpo da dama durante o movimento que está propondo, têm mais possibilidades de conduzir claramente a ideia. Este geralmente é o cavalheiro com quem as damas preferem dançar, pois não têm duvidas dos caminhos que devem seguir.
Damas que são ágeis na interpretação da informação e respondem prontamente, executando com controle, sem “depender” do cavalheiro para a realização do movimento são aquelas que eles consideram leves e boas para dançar.
Esta relação inicial parece óbvia, porém nem sempre fácil de conquistar. Lembramos que hoje as mulheres que buscam a dança de salão são, em sua grande maioria, socialmente ativas e responsáveis pelo comando de suas empresas, famílias e lares.Não estão mais acostumadas a deixar suasopiniões e vontades de lado; muito menos não colocá-las em prática. Os homens também já deixaram há muito tempo o papel de único e exclusivo provedor e passarama discutir e repensar ideias antes de aplicá-las. A posição de decisão rápida e exclusiva não faz mais parte da rotina do homem atual.
Estágio 2
Cavalheiro: conduz, criando variações a partir da movimentação original (modificações nos contatos, direções, dinâmicas).
Dama: executa as propostas do cavalheiro, acrescentando movimentos de sua escolha, com as partes do corpo que estiverem disponíveis (enfeites ou adornos), sem modificar a ideia inicial.
Este é o momento em que cavalheiro e dama começam a utilizar sua criatividade para deixar sua dança mais ativa e com seu estilo pessoal.
Cavalheiros são estimulados a “quebrar” ou dividir as figuras já aprendidas, juntando partes de diferentes movimentos. Podem criar novos começos ou finais para suas propostas. Além disso, têm a possibilidade de alterar os contatos que proporcionam a informação para a dama, modificando a forma de comunicação da ideia. O tempo e a direção também podem mudar, deixando os movimentos mais lentos ou mais rápidos, em linhas retas ou circulares, com ou sem alteração de níveis.
Este é um momento importante no desenvolvimento da relação condução/resposta, pois a ideia tem que ser ainda mais bem transmitida, imaginando que a dama já conhece a forma tradicional de execução da figura.
A dama, por sua vez, deve esperar ainda mais pela transmissão da informação, para que os caminhos percorridos sejam exatamente da forma e dinâmica que o cavalheiro deseja.
Mas agora ela ganha também o direito de colocar sua criatividade em ação, podendo escolher enfeites ou adornos para complementar a ideia do seu par.Ela precisa ter bem desenvolvida a habilidade de separar partes do corpo e executar movimentos em diferentes direções e tempos com estas partes, pois aqui, ao mesmo tempo em que poderá fazer, por exemplo, um movimento rápido de pernas, tem a oportunidade de fazer um adorno lento e contínuo com os braços. Isso tudo sem deixar de atender aos comandos do cavalheiro. Os acabamentos dos movimentos são muito importantes para que, no final, estes adornos fiquem realmente de acordo com o esperado pela dama.
Cavalheiros criativos, com bom domínio espacial e de dinâmicas. Damas atentas e precisas, com excelente utilização de diferentes partes do seu corpo. Estas são algumas das habilidades necessárias para este momento da relação.
Podemos dizer que hoje, destacam-se em suas performances no salão os cavalheiros e damas que dominam este estágio. São aqueles que, geralmente, chamam a atenção por, além de cumprirem o tradicional, ainda colocam sua identidade na dança.
Estágio 3
Cavalheiro: Em determinados momentos das movimentações, pode gerar mais tempo para os caminhos e enfeites da dama. Este tempo proposto pelo cavalheiro dá-se através de um “silêncio” de condução, para que ela tenha a liberdade de executar a sua ideia.
Dama: Identifica o inicio deste “silencio” de condução, aproveita o tempo proposto, ampliando suas possibilidades de enfeites e responde ao retorno de condução do cavalheiro.
Este estágio já exige uma relação mais atenta e sensível da dupla. O cavalheiro que dispõe tempo para que sua dama acrescente algo a sua ideia é diferenciado, pois entende que a dama pode completar os caminhos com propostas que talvez ele nunca tenha pensado.
Confia que sua dama pode ser tão musical ou criativa quanto ele, o que deixa a dança ainda mais interessante. Sabe identificar a energia usada pela dama, percebendo o final da movimentação, para dar início ao novo caminho juntos.
Esta dama também é especial, pois além de dominar seu corpo e usá-lo à disposição das sugestões do seu par, ainda consegue identificar esta ausência de condução para usá-la com inteligência, sem deixar que isso pareça “um momento de dança livre”, mas sim, algo que realmente complementa a ideia inicial.
Aqui, as ideias começam a convergir em uma só proposta. A dança começa a tomar forma de diálogo e as energias utilizadas são muito mais refinadas e organizadas pelos dois.
Esta forma de condução e resposta é bem menos utilizada na maioria dos gêneros de dança, porém já bem reconhecida no Tango.
Podemos citar uma movimentação muito característica deste gênero – o “sanduíche” – no qual,após gerar uma pausa na condução do oito por trás, o homem realmente permite que a dama coloque seus adornos sem nenhuma condução conjunta naquele momento.
Silêncios de condução sugeridos em finalizações de frases musicais são interessantes para que a dama possa acrescentar sua ideia de forma mais ampla. Mas nada impede que estas ausências de condução aconteçam em outras ênfases musicais e também não é exigida uma perda de contato entre o par, para que a dama tenha essa liberdade, ainda oferecida pelo cavalheiro.
Estágio 4
Dama: Propõe movimentos em seu corpo ou no corpo do cavalheiro, transformando as ideias recebidas ou apresentando novos caminhos. Pode sugerir alterações de tempo, direção, contatos.
Cavalheiro: percebe e atende às solicitações da dama, retomando a condução ao final da ideia dela. Deve estar preparado para adaptar e modificar sua ideia inicial, aproveitando a movimentação sugerida pela dama para gerar novos caminhos.
Aqui chegamos a um ponto de total comunhão entre o casal. O verdadeiro diálogo se estabelece. Este formato gera caminhos únicos, muitas vezes desconhecidos pelo casal e quase sempre impossíveis de serem repetidos. A atenção nas energias utilizadas, no posicionamento dos corpos, e a comunhão com a música tornam este casal diferente dos demais.
Esta relação mais profunda exige corpos mais atentos ao movimento do outro e, também, habilidades contrárias àquelas inicialmente desenvolvidas em cavalheiros e damas. Para que o cavalheiro possa sentir as propostas da dama, ainda mais tendo uma ideia já formulada em sua cabeça, ele deve estar totalmente disponível e percebendo as alterações de energia que a dama oferece durante a movimentação. Esta ideia já organizada também não deve mais ser tão fechada, a ponto de não abrir espaço para modificações. É, com certeza, um corpo mais flexível e disponível.
A dama, por sua vez, precisa ter noção dos caminhos que o corpo do cavalheiro está fazendo para que sua ideia seja executada de maneira inteligente, eficaz e agradável a ele. A ausência desta habilidade é geralmente a maior crítica das damas para as conduções de seus cavalheiros. Conduções bruscas, que vêm adiantadas ou atrasadas em relação ao movimento são justamente os pontos que agora as damas devem evitar quando pretendem transmitir uma informação.
As alterações de energias, posicionamento dos dois durante o movimento, a atenção e sensibilidade do casal serão fundamentais para o sucesso desta conversa.
Considerações finais
É importante ressaltar que esta separação é apenas para fins didáticos, pois durante a dança, estes estágios acontecem de maneira natural, sem seguir uma ordem definida e de acordo com a experiência e troca do casal. Durante a dança, o casal pode transitar por todos ou alguns desses estágios, dependendo do grau de experiência e domínio corporal dos dois e também da relação que vão desenvolvendo.
O sucesso nesta comunicação mais ampla não tem a ver com dançar a muito tempo com aquele par. Também não é exclusividade dos profissionais e nem de dedetrminado gênero de dança. O Tango e o West Coast Swing apresentam já utilizam conceitos que levam a uma forma mais interativa de condução e resposta.
Também não tenho a pretensão de dizer que esta forma de se relacionar é nova ou criada por nós. Temos encontrado, na nossa trajetória de dança, diversos profissionais, de diferentes estilos, buscando respostas para as mesmas inquietações.O fato é que, depois de muitas danças e questionamentos, estamos passando por um importante momento nas danças a dois. Os homens e mulheres de hoje estão revendo papéis determinados no passado e se redescobrindo através da dança.
Esta forma de se relacionar também abre caminho para novas formas de pares: homens dançando entre eles, mulheres dançando entre elas, mulheres no papel de condutoras e homens no papel de conduzidos. O gênero em nada influencia na comunicação do par, se esta se faz de maneira aberta e generosa.
Porém, será que nossas aulas de danças de salão estão construindo cavalheiros e damas para esta visão mais ampla de relacionamentos?
Será que os professores e professoras que comandam hoje classes de danças de salão estão preparados para estas mudanças? Pergunto ainda: estes profissionais já vivenciam em suas práticas relações abertas de comunicação com seus parceiros? Ou somente em seus discursos?
Seguimos buscando modificar paradigmas e imposições ainda existentes em nossa cultura. Que nossa geração faça a diferença, construindo uma dança de salão mais aberta e possível para todos.
Acredito que estamos caminhando na construção de um diferente diálogo dançante. A dama atual, com toda sua força e sensibilidade, participa desta conversa muito mais ativamente, não apenas respondendo. Essa dama também tem muito a dizer sobre ela mesma, sobre ele e sobre os dois, seja por meio dos seus enfeites, da sua forma de ouvir a música ou de toda a expressividade do seu corpo.
Referências
CUNHA, Milton. Entrevista com Maria AntoniettaGuaycurus. TV Estácio: Ilustres Anônimos. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=KTRxQQhz49M>. Acesso em: jul. 2015.
FERRARI, Lídia. Tango: arte ymisterio de un baile. Buenos Aires: Corregidor, 2011.
PERNA, Marco Antonio. Samba de Gafieira: a história da dança de salão brasileira. Rio de Janeiro: O Autor, 2001.
SANTOS, Estela dos. Damas y milongueras del tango. Buenos Aires: Corregidor, 2011.
SANTOS, Sheila. O dialogo dançante da dama contemporânea. Revista Dança em Pauta. 2013. Disponível em: <http://www.dancaempauta.com.br/site/artigo/o-dialogo-dancante-da-dama-contemporanea/>.Acessoem: jul 2015.
TORONCHIK, Alejandra; GÜERRI, Juan Pablo. Bailando el tango con los Dinzel: Conversaciones / Alejandra Toronchik y Juan Pablo Güerri. Buenos Aires: Corrregidor, 2012.
ZAMONER, Maristela. Dança de salão: conceitos e definições fundamentais. Quatro Barras: Protexto, 2013.
_______________
(*) Sheila Santos – é formada em Dança pela FAP (1999), pós-graduada em Dança de Salão – Teoria e Técnica pela FAMEC (2006), curso em que atualmente ministra o módulo “Elementos Fundamentais na Prática da Dança de Salão”. Seu trabalho com foco em técnicas para damas na dança de salão e o estudo de novas relações de condução e resposta tem recebido respeito e destaque no meio. Foi jurada em mostras de dança e ministrou aulas em eventos nacionais de destaque como, tais como a Bienal Internacional de Dança de Curitiba, Baila Floripa, Baila Costão e nos Cruzeiros Temáticos da Costa Cruzeiros. Como bailarina da Cia de Dança Contemporânea SOMA, foi premiada no Festival de Dança de Joinville na categoria trio livre profissional. Integrou a equipe de seleção de novos alunos para a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, em Joinville, e foi assistente de direção da noite de gala da Cia Balé Bolshoi da Rússia. Coordenadora da Rede Oito Tempos Dança de Salão.
Tag:Forró